Educação e Afrodescendência: a Lei 10.639/03 e Realidades Escolares
Pelo termo educação se
entende toda e qualquer ação que lide com o conhecimento cuja finalidade é a
boa prática cognitiva e social, que são modos de agir que garantem o próprio
bem-estar e o dos outros.
A educação, portanto,
se ocupa não apenas do prosseguimento de estudos como, além do mercado de
trabalho, visa ao exercício da cidadania. Mas, será que as escolas, que andam
tão preocupadas com a aprovação de estudantes no ensino superior (cuja intenção
é a mitificação pela sociedade como única instituição que garante matrícula no
ensino superior) estariam cumprindo sua finalidade de criar sujeitos sociais?
Será que ao malograrem no exercício da cidadania não foram inexitosas no campo
do conhecimento também?
A função de professor
perpassa o simples entendimento de mero transmissor de conhecimento, pois isso
fica a cargo das mídias que já o fazem muito bem, dentre elas a mais antiga: o
livro. Esta função nada tem a ver com dom, pois, para quem acredita em Deus o
único dom que ele nos deu, além da vida, foi a razão e esta, para ser
desenvolvida. Portanto, ser professor tem a ver com profissão, com estudo, com
formação e dedicação ao ofício.
É preciso lembrar que a Lei 10.639/03 é uma instrução que
obriga instituições escolares na inserção de conteúdos de culturas africanas e
afro-brasileiras ensejando os estudantes e, por extensão, a comunidade escolar
a CONHECEREM outras existências incutindo a idéia de que a humanidade sempre
foi diversa e que isso lhe rendeu muitos avanços. Além de entenderem os reais
motivos pelos quais muitas pessoas africanas foram tornadas escavas (esta é outra
conversa).
Não obstante, se
observa em muitas instituições de ensino docentes OPTANDO PELO DESCUMPRIMENTO
de uma legislação federal baseados em suas convicções religiosas ou
político-partidárias.
Pergunta-se: não seria
essa atitude dos docentes uma postura intransigente? Estariam aptos a ensinar?
O quê? Sua intolerância? A falta de respeito pelas pessoas e pela lei? Não
estariam com essa postura ensinando a burlar leis? Não estariam fomentando a
ignorância, o dogmatismo (fechar-se na sua verdade e admiti-la como a única
certa) e ao preconceito? Não seria essa atitude já um exemplo de ensino de
ideologia? Não seria doutrinação ao invés de educação? Noutro termo:
catequização.
Será que a escola é o
lugar para fomentar alguma religião? E se for, por que apenas uma? Como ficam
as pessoas que não acreditam em Deus no espaço escolar? Não seria a escola um
lugar exclusivo da ciência? Há uma compreensão de que a função da escola é
diferente da função da igreja, templo, terreiro? Será que se estar assegurando
no espaço escolar o exercício e o estímulo à liberdade?
HÙNNÓ-SERAFIM. Educação e afrodescendência: a Lei
10.639/03 e realidades escolares. Disponível em: <https://outrafonte.com/2020/03/23/hunno-serafim-educacao-e-afrodescendencia-a-lei-10-639-03-e-realidades-escolares/>.
Acesso em: 26 Mar.2020.
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